segunda-feira, 21 de março de 2011

Revisão do PENT gera fortes críticas no Estoril

A revisão do Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT) esteve em debate, esta segunda-feira, numa conferência organizada pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), tendo sido feitas várias críticas por players e empresários presentes. Uma proposta demasiado semelhante à sua versão inicial (de 2005), inexistência de comparações entre os panoramas nacional e internacional, falta de avaliações e monitorizações do que tem sido feito ao longo destes anos, inexistência de dados que ilustrem os investimentos que têm sido feitos, a nível nacional, desde 2005 e incongruências no que diz respeito aos mercados e produtos considerados estratégicos foram, apenas, algumas das muitas críticas apontadas.
De acordo com o ex-secretário de Estado do Turismo e presidente do NERA, Vítor Neto, que foi um dos oradores presentes, o documento referente à revisão do PENT é “equilibrado, vale a pena ler, tem uma boa sistematização das granes questões actuais e uma visão global importante”. No entanto, “não aprofunda questões que deveria ter aprofundado e está muito ligada à proposta inicial”.
Outra das críticas que o também empresário aponta é o facto de não ser feita uma confrontação da evolução do turismo português nos últimos dez anos, tendo em conta o desenvolvimento do turismo a nível global.
“Esta proposta, na prática, legitima as grandes linhas iniciais, corrige as metas previstas, mas com ela arriscamo-nos a voltar a fazer mais do mesmo, quando a crise passar, repetindo grandes erros”, afirmou.
O presidente da Turismo do Oeste, António Carneiro, por videoconferência, defendeu também que este é “um documento muito agarrado ao PENT anterior” e que falta, agora, um plano de acção, correndo o risco de ser tornar num “documento fechado”.
Correia da Silva, também ex-secretário de Estado do Turismo, disse que “gostaria de ter uma avaliação isenta e independente daquilo que foi a execução do PENT até aqui, o que não está feito”. O também empresário apontou as graves faltas de informação estatística no documento, alegando que o facto de serem avançados conceitos sem homogeneidade (ora turistas, ora hóspedes, ora dormidas), “objectivamente, complica qualquer avaliação”.
http://www.publituris.pt/2011/03/21/revisao-do-pent-gera-fortes-criticas-no-estoril/untitled/Os presidentes da Turismo do Centro, Pedro Machado, e Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva, assim como Francisco Vieira, presidente da Associação Empresarial Ourém-Fátima também foram oradores intervenientes.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O IVA e o Golfe



A decisão de repor a taxa aplicada aos campos de golfe no patamar inicial, terá sido tomada após a visita de José Sócrates à Bolsa de Turismo de Lisboa, em Março. Sector temeu uma quebra no número de praticantes.

O Governo prepara-se para abrir uma excepção no IVA aplicado ao golfe, que passa de 23% (que estavam a ser praticados desde o início do ano) para 6%, no quadro do Orçamento do Estado (OE) para 2011.

A mudança surge num momento em que o Governo prepara medidas de austeridade que também atingirão o IVA, mas será feita à margem delas, avança hoje o “Jornal de Negócios”.

A medida não exigirá qualquer alteração legislativa e bastará uma informação vinculativa do Fisco a estabelecer uma nova interpretação jurídica para a tributação aplicada aos campos de golfe voltar a ser de 6%. A decisão terá sido tomada depois da visita de José Sócrates à Bolsa de Turismo de Lisboa, em Março. O dossier está agora nas mãos dos secretários de Estado do Turismo e dos Assuntos Fiscais.

O Governo elegeu o turismo/golfe como uma das prioridades da estratégia de recuperação da economia nacional.

O sector temeu uma quebra no número de praticantes, sobretudo entre os muitos estrangeiros que procuram o país para a prática da modalidade.

Turismo dos Açores aposta em actividades outdoor

“Pronto para o melhor tempo da sua vida” é o conceito que está na base da nova campanha da Associação de Turismo dos Açores, desenvolvida pela Brand Builders.

Com esta campanha, os Açores pretendem desmistificar o clima no arquipélago e convidar as pessoas a visitar as ilhas prometendo umas férias únicas.

Conferir notoriedade e reposicionar os Açores, enquanto destino activo, dinâmico e experiencial, com um clima ameno durante todo o ano e favorável à prática de actividades outdoor, são os objectivos desta campanha que integra numa primeira fase, a decorrer durante o mês de Março, televisão, imprensa e outdoor.

Com um investimento de meio milhão de euros esta campanha surge na sequência do novo plano de marketing estratégico para o turismo dos Açores, apresentado há cerca de um mês na Bolsa de Turismo de Lisboa, que visa sofisticar e diversificar a oferta.

Esta comunicação é dirigida aos portugueses, de forma a estimular o turismo nacional. ‘É uma maneira de alterarmos a forma como os Açores são percebidos pelo mercado nacional, um destino bucólico e contemplativo, que resulta um pouco um reflexo daquilo que tem sido a sua comunicação.’ refere Paulo Mora Mesquita, CEO da Brand Builders. ‘A verdade é que os estudos indicam que os produtos turísticos oferecidos são mais conhecidos no estrangeiro do que em Portugal.’ acrescenta.

‘Quisemos fazer uma campanha que rompesse com o estilo tradicional. Desenvolvemos um conceito muito abrangente, que toca no tema do clima e apresenta um conjunto de produtos turísticos que permitem passar um tempo preenchido de actividades nos Açores’ explica o responsável pela campanha.

No total serão apresentados sete temas: vela, mergulho, observação de cetáceos, surf, golfe, parapente e pedestrianismo.

Os spots de televisão ficaram a cargo da Garage Films que recorreu a imagens de arquivo recolhidas por produtoras locais.

Fonte: Portugal Zone