A revisão do Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT) esteve em debate, esta segunda-feira, numa conferência organizada pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), tendo sido feitas várias críticas por players e empresários presentes. Uma proposta demasiado semelhante à sua versão inicial (de 2005), inexistência de comparações entre os panoramas nacional e internacional, falta de avaliações e monitorizações do que tem sido feito ao longo destes anos, inexistência de dados que ilustrem os investimentos que têm sido feitos, a nível nacional, desde 2005 e incongruências no que diz respeito aos mercados e produtos considerados estratégicos foram, apenas, algumas das muitas críticas apontadas.
De acordo com o ex-secretário de Estado do Turismo e presidente do NERA, Vítor Neto, que foi um dos oradores presentes, o documento referente à revisão do PENT é “equilibrado, vale a pena ler, tem uma boa sistematização das granes questões actuais e uma visão global importante”. No entanto, “não aprofunda questões que deveria ter aprofundado e está muito ligada à proposta inicial”.
Outra das críticas que o também empresário aponta é o facto de não ser feita uma confrontação da evolução do turismo português nos últimos dez anos, tendo em conta o desenvolvimento do turismo a nível global.
“Esta proposta, na prática, legitima as grandes linhas iniciais, corrige as metas previstas, mas com ela arriscamo-nos a voltar a fazer mais do mesmo, quando a crise passar, repetindo grandes erros”, afirmou.
O presidente da Turismo do Oeste, António Carneiro, por videoconferência, defendeu também que este é “um documento muito agarrado ao PENT anterior” e que falta, agora, um plano de acção, correndo o risco de ser tornar num “documento fechado”.
Correia da Silva, também ex-secretário de Estado do Turismo, disse que “gostaria de ter uma avaliação isenta e independente daquilo que foi a execução do PENT até aqui, o que não está feito”. O também empresário apontou as graves faltas de informação estatística no documento, alegando que o facto de serem avançados conceitos sem homogeneidade (ora turistas, ora hóspedes, ora dormidas), “objectivamente, complica qualquer avaliação”.
http://www.publituris.pt/2011/03/21/revisao-do-pent-gera-fortes-criticas-no-estoril/untitled/Os presidentes da Turismo do Centro, Pedro Machado, e Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva, assim como Francisco Vieira, presidente da Associação Empresarial Ourém-Fátima também foram oradores intervenientes.
Não se pode "agradar a Gregos e a Troianos" ao mesmo tempo.... vamos ver como isto vai terminar.
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